O estudante de Direito Felippo de Almeida Scolari, autor do primeiro processo na Justiça contra o Lulu, divulgou nota nesta sexta-feira afirmando que ação que move contra a ferramenta não é uma busca por dinheiro fácil e "versa sobre a privacidade na internet e a regulamentação desse espaço". O estudante de 26 anos abriu um processo pedindo a exclusão de seu perfil do aplicativo, além de indenização de R$ 27 mil por danos morais.
"O que está em jogo na ação que movo em face do Facebook e do referido aplicativo não é a denúncia da tentativa abjeta de nos transformar em objetos. Tampouco é a busca pelo dinheiro fácil, pois já declarei na minha conta da rede social que vou destinar tudo que receber a título de indenização neste processo ao GRAACC (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer), para que esse aplicativo nonsense tenha, ainda que de maneira indireta, um fim útil", escreveu o estudante.
O Lulu chegou ao Brasil na semana passada e permite apenas que mulheres deem notas e opiniões anônimas sobre homens. O serviço fez sucesso mas gerou discussões a respeito da privacidade na internet. Depois do barulho causado pela chegada do app, um grupo de brasileiros afirma estar desenvolvendo uma versão masculina do serviço, o Tubby.
Desenvolvedores prometem versão masculina do serviçoFoto: Reprodução"A exposição indevida, o alcance e o potencial lesivo do aplicativo se aproximam, em verdade, mais ao que ocorreria se houvesse uma divulgação não autorizada da fotografia de uma pessoa num outdoor da Avenida Paulista, com uma legenda ofensiva abaixo da foto. É isso que o aplicativo Lulu faz", escreveu o jovem. Ele afirma ainda que não deseja com o processo o fim da atividade da Luluvision, empresa que desenvolve o app, mas que ela atue "em consonância com as leis brasileiras".
Kawan Fellipe
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
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